jueves, 9 de octubre de 2014

"Carta", de Mario Quintana (A Cor do Invisível, 1989)

Eu queria trazer-te uma imagem qualquer
para os teus anos...
oh! mas apenas este vazio doloroso
de uma sala de espera onde não está ninguém...
É que,
longe de ti, de tuas mãos milagrosas
de onde os meus versos voavam - pássaros de luz
a que deste vida com o teu calor -
é que longe de ti eu me sinto perdido
- sabes? -
desertamente perdido de mim!
Em vão procuro...
mas só vejo de bom, mas só vejo de puro
este céu que eu avisto da minha janela.
E assim, querida,
eu te mando este céu, todo este céu de Porto Alegre
e aquela
nuvezinha
que está sonhando, agora, em pleno azul!

Mario Quintana (A Cor do Invisível, 1989)



CARTA

Yo quería mandarte una imagen cualquiera
para tu cumpleaños...
¡oh! pero sólo es este vacío doloroso
de una sala de espera donde no hay nadie...
Es que,
lejos de ti, de tus milagrosas manos
desde donde mis versos volaban -pájaros de luz
a quienes diste vida con tu calor-
es que lejos de ti yo me siento perdido
-¿sabes?-
¡desiertamente perdido de mí!
Vanamente busco...
pero sólo veo de bueno, pero sólo veo de puro
este cielo que yo avisto desde mi ventana.
Y así, querida,
yo te mando este cielo, todo este cielo de Porto Alegre
y aquella
nubecilla
¡que está soñando, ahora, en pleno azul!

Mario Quintana (A Cor do Invisível, 1989)
(Versión de Pedro Casas Serra)

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