viernes, 10 de octubre de 2014

"Jardim interior", de Mario Quintana (A Cor do Invisível, 1989)

Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muro de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardin é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.

Mario Quintana (A Cor do Invisível, 1989)


JARDÍN INTERIOR

Todos los jardines deberían ser cerrados,
con altos muro de color ceniza muy pálido,
donde una fuente
pudiera cantar
sola
entre el rojo de los claveles.
Lo que mata a un jardín no es solamente
algo de ausencia
o abandono...
Lo que mata a un jardín es ese mirar vacío
de quien por ellos pasa indiferente.

Mario Quintana (A Cor do Invisível, 1989)
(Versión de Pedro Casas Serra)

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